Casos Clínicos: Hérnia Inguinal Encarcerada
Um paciente masculino, de 48 anos, apresentou-se na consulta com queixas de dor abdominal do lado direito, acompanhada de uma protuberância visível na região inguinal (virilha), que vinha aumentando de tamanho nos últimos meses.
O paciente relatou que a protuberância desaparecia ao deitar-se, mas voltava a aparecer ao ficar de pé ou ao realizar atividades físicas. Nos últimos dias, a dor tornou-se constante e mais intensa, especialmente ao levantar objetos pesados ou ao tossir.
Sintomas
Quadro Apresentado
Dor abdominal na região inguinal direita, que piora com o esforço físico.
Protuberância visível na região inguinal, que não desaparece completamente com repouso.
Sensação de peso e desconforto na área afetada.
Aumento do tamanho da protuberância nos últimos meses.
Ausência de sintomas gastrointestinais como náuseas ou vômitos, mas com uma leve dificuldade para evacuar, atribuída pelo paciente ao desconforto causado pela dor.
Diagnóstico & Tratamento
O procedimento adotado para o tratamento do paciente
Durante o exame físico, foi constatada a presença de uma hérnia inguinal do lado direito. A hérnia estava encarcerada, ou seja, não era possível reduzir (empurrar de volta) o conteúdo herniário para dentro da cavidade abdominal, sugerindo que o tecido estava preso na abertura herniária. Devido ao risco de estrangulamento, onde o fluxo sanguíneo poderia ser cortado, o diagnóstico de hérnia inguinal encarcerada foi confirmado.
Para um diagnóstico preciso e para avaliar a gravidade da condição, o paciente foi submetido a uma ultrassonografia da região inguinal, que confirmou a presença da hérnia com conteúdo intestinal. Nenhum sinal de estrangulamento foi identificado, mas a necessidade de intervenção cirúrgica era evidente para evitar complicações futuras.
Diante do diagnóstico de hérnia inguinal encarcerada, a decisão foi pela correção cirúrgica imediata. O paciente foi submetido a uma hernioplastia, uma cirurgia onde a hérnia é reduzida e a abertura na parede abdominal é reforçada, utilizando-se uma tela sintética para evitar recidivas.
A cirurgia ocorreu sem complicações, e o paciente teve alta hospitalar após 24 horas, com orientações para repouso relativo e evitar esforços físicos por pelo menos seis semanas. A recuperação foi monitorada em consultas de acompanhamento, e o paciente não apresentou sinais de recidiva da hérnia.